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martedì 26 luglio 2016

ALGO QUE ESCREVI E AGORA COLOCO AQUI.

ENTREVISTA?
SUENOS ANGUSTIAS ILUSIONES
SENTIMIENTOS
SENSACIONES DESILUSIONES
TODO ESTO LO TRADUZCO
TRATO DE COMUNICARLO
    EN LINEAS 
PARALELAS PERPENDICULARES
DIVERGENTES  CONVERGENTES
TRATE DE SEGUIR UNA LINEA
     RECTA
A VECES  ME IBAN DE LA MANO
COMO LA VIDA MISMA Y
     SE HACIAN CUADRITOS
COMO MI VIDA "ME LA HAGO CUADRITOS
ANGUSTIAS REBELDIAS SENTIMENTOS
ILUSIONES
      ESPERO
DESENCUENTROS Y ARRITMIAS
EL PRINCIPIO DE UN REENCUENTRO
      CON EL FUTURO
A TRAVES DEL PASSADO
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Uma entrevista? Não gosto, não sei o que dizer..., vou dizer demais ou de menos. Vai ser muito difícil. Nesta idade  é bem possível que a minha memória ande por aí..., fugindo! 
Imagino que quer saber como quando e porque sou pintor. Quando?  Em verdade, nem eu sei. Porquê? Desde que tenho uso de razão, queria ser  mesmo era escritora! Foi enquanto esperávamos um navio em Lisboa para ir para o Brasil, único país que nos deu visto. Foi em 1941. Eu assustada, ou não sei porquê, agarrava qualquer papel e fazia linhas ou quadrinhos, sem nenhuma ideia, sem qualquer intenção.
Por volta de 1952, já no Brasil, conheci um rapaz Franco Terranova, recém-chegado da Itália, e sem um tostão. Queria vender camisas de porta em porta. Nós, alguns amigos pintores, convencemo-lo a arrendar um lugarzinho barato, na Avenida Copacabana. Aí começou a Petite Galerie, e assim começou a entreajuda de todos os poucos artistas que conhecia e, a pouco-e-pouco, vieram mais e mais para mostrar algo… Esta Galeria foi a primeira e a melhor Galeria do Brasil.
Mudei para São Paulo. Um dia andando sem rumo pelas ruas vi uma exposição incrível de cerâmica. Entrei e conheci o ceramista Robert Tatin, e alguns dias depois lá estava com as mãos no barro. Fiz, desfiz. Queria fazer esculturas, não queria fazer pratinhos... Um dia infelizmente ele disse que tinha que ir-se embora. E eu sozinha, não podia fazer cerâmica, com forno e tudo o mais. Ele viu-me triste e disse-me: “Olha, vou-te dar um lápis, tinta china, caneta e gouaches de cores. Leva sempre um caderno contigo e desenha tudo o que vires. Depois de fazer mil destes, volta para a casa e faz tudo de memória. Nunca vás a uma escola ou para Belas Artes. Um dia chama uma modelo e ali, vais aprender como se coloca um volume num espaço... “ E foi com estas palavras que comecei a ver e a sentir  as cores, os objectos e tudo o mais. Foi em 1952.
Mais de devagar. Estou a ficar cansada...
Voltei ao Rio e tratei de fazer o que disse Tatin. Conheci, então, Wesley Duke Lee (ainda não pintava). Ficámos amigos durante anos. Já morreu mas é um dos melhores artistas do Brasil. Eu comecei a pintar, quase às escondidas, como se fosse uma criança..., mais do que naif... Tenho por aqui algo desses tempos, e faz-me rir e ter saudades.
Um dia, com ideias bastante românticas, peguei no meu cavalete e fui pintar na rua. Fui a um lugar lindo, o Largo do Boticário. Agora deve ser património nacional, mas naqueles dias estava como abandonado e com moleques que brincaram comigo e acabaram a atirar-me pedras. Nunca mais pintei na rua.
Por volta de 1954 conheci um pintor Jean Guillaume, maravilha de pessoa. Pintava muito comercial só para ganhar dinheiro, imitando na perfeição qualquer pintor! Pintava para apartamentos de gente rica. Falámos de tudo e eu disse-lhe que pintava...Viu e gostou. Convidou-me a pintar com ele. Mas claro, eu nunca havia tocado uma pintura de verdade! Ele ensinou-me as técnicas, até como se faz o cinzento! Eu pensava que era misturando preto e branco... Eh, não! Ele deixou-me uma vez sozinha onde estávamos pintando. Queríamos cinzento...! Aonde estavam os tubos de preto e branco?! Pois não estavam. Só tinha azul-marinho, ocre e branco! Então aprendi...isto. Foi entre 54 e 55.
Mas ele não calou a boca disse a muita gente que eu pintava. Entre eles, a Franco, a Maria Cecilia e sei lá a quantos mais... Quem não gostava disto era meu pai...
Chegou o dia de minha primeira exposição na Petite Galerie, se me lembro bem, em 56. Figurativo um pouco menos naif..., um pouco impressionista, ligeiramente expressionista... Não sei bem, mas sei que ali vendi o primeiro quadro de minha vida! E acreditas no que aconteceu? Este senhor que me comprou o quadro era amigo do meu pai. Um dia foi a nossa casa e viu na parede uma pintura (minha mãe tinha gostado e tinha levado para a sala), e disse todo contente: “Ah, um Landau. Vejo que você também comprou um quadro desta pintora!”. Meu pai  ficou furioso, chamou-me e disse-me que tinha que devolver o dinheiro. Mas o amigo disse que de jeito nenhum ele iria aceitar e muito menos devolver o quadro!
No dia seguinte, porém, o meu pai voltou atrás e disse-me: “Myra, você pode agora assinar também Landau, não gostaria de saber que algum dia, possam dizer que o teu pai não te entendeu!”. Podem imaginar minha alegria...
Em 1957, acho,   um pintor veio ao Rio da parte de Tatin para ver o que eu estava pintando. Ficou entusiasmado e escolheu umas pinturas, as primeiras. Eram sobre papel e destinavam-se a uma exposição na galeria Muller em Buenos Ayres onde ele vivia. Meu pai olhou feio..., mas como eu não iria estar presente, tudo bem. Mas foi tudo mal. Nunca recuperei estas pinturinhas. O pintor dizia que as tinha mandado e o responsável da galeria a mesma coisa. Nunca chegaram. Uma primeira experiência muito desagradável.
Pela mesma época fui aprender gravura com o mestre dos mestres de todos os gravadores do Brasil. Oswaldo Goeldi. Que personagem que artista... Buril, ponta seca, água forte. Umas técnicas mágicas que um dia me irão levar às placas de metal. Um dia Oswaldo diz-me: “Vai para casa, trabalha sozinha. Desenhar tu não sabes, mas vais ser uma óptima gravadora”.
Não soube o que pensar nem o que  quis dizer! Só muito mais tarde!...
Agora também já não sei… A minha cabeça não é um computador. Calma!
De 1957 a 1959 continuei pintando... Mas  que surpresa. Um dia Mário Pedrosa, conhece, certo? Ah, não sabe quem é? Era (sim, infelizmente era) uma personagem. Foi o único que saiu para o Chile na época da ditadura. Grande historiador de arte, critico honestíssimo,
Ele não sabia que eu pintava mas sabia que falava várias línguas. E precisava de mim para receber uma série de artistas, arquitectos e historiadores  que vinham convidados pelo governo à inauguração de Brasília. Não imaginei naquele momento que a minha vida iria mudar. Foi incrível conheci muita pessoas, que depois soube que eram importantes, como Bruno Zevi, arquitecto italiano, Jacques Lassaigne editor de livros de arte, Michele Muraro, curador do Museo do UFIZZI, em  Florença, Kessler, escultor, Meyer Shapiro, importantíssimo escritor. E ali Mário Pedrosa ficou amigo! Esqueci, uma coisa simpática, dancei com Alexander Caldwell, gordo, bêbado, mas que bem dançava...
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Não havia entendido porque queriam esta entrevista. Acho que já é o momento de esclarecer algo absurdo. Não era uma entrevista que queriam, mas que diante das minhas pinturas fizesse um comentário, algo sentimental ou quem sabe o quê!... Pareceu-me completamente estranho. Não é o artista que tem de expressar isso. É aquele que vê e apenas se vir ou sentir algo. O artista acredita… e isso basta. Acho que o que vale é o que fiz. O resto, o tempo dirá.
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Naquela época fiz um quadro grande a óleo. Estava orgulhosa dele até que uma amiga me disse: “Mas o que você fez?! Não pode por estas cores juntas!”. Ela tinha feito Belas Artes… Respondi que ninguém me podia proibir de pintar o que queria. A resposta veio curta: “A audácia dos ignorantes...” Hahahah! Adorei e continuei.
Liberté totale
Quelle merveille
Personne pour  te gouverner
Te dire ce que tu dois faire ou  ne point faire
Ce qui est permis ou pas permis
Alors je continue
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Fim de 1959. Circunstâncias, sentimentos, novidades… destino?
Fui para o México. Casei com Miguel. A Cidade do México, com aqueles incríveis indígenas com suas roupas de cores. As mulheres com os seus “rebozos”… Senti que  já não podia pintar como no Brasil… Fiquei perdida no tempo. Sem saber o que pintar.
1960
Entrei num atelier de gravura, na Ciudadela, gravei, mas não gostava de imprimir, não queria sujar a placa... Além do mais o torculo era muito pesado para mim. Conheci muitos artistas que iriam ter muita importância na minha vida: Luiz Lopez, Losa, Billy Barclay… Uns bons outros nem tanto... Um ambiente simpático. Conheci Fernando Vilchis e Leticia Tarrago. Fernando, mais tarde, ajudou-me. Era um grande amigo.
Entretanto, comecei a usar metais diferentes. Comprei ácido nítrico, percloruro de ferro, e ali nasceu o ”Objet d’Art en Soi"! Como? Ah se você soubesse… Quase me envenenei. Coloquei uma placa no ácido nítrico puro e saí correndo do quarto. Um cheiro insuportável... Esperei pouco, senão o ácido iria “comer” todo o metal. Entrei… Uma maravilha! Continuei. Estava fascinada com o resultado. E foi assim que  tive minha primeira exposição em 1963, na galeria Juan Martin. A apresentação foi feita por Paul Westheim. Se bem me lembro, ali vendi quase tudo! Isto não iria acontecer mais...
Você acha que o talento é considerado somente quando se vende muito? Que disparate… Não, não vou discutir isto com você, desperdício de tempo... Hoje em dia o tal “marketing” é  mais importante e eu nada entendo e nunca entendi disso!  E, mesmo assim, continuava e continuo pintando.
Naqueles dias o que era importante para as pessoas era esperar a opinião dos críticos, para ver se compravam algo ou não! Vendo bem, era igualmente extraordinário!
Com as minhas placas, comecei a entender e ver o abstracto. Nova época, papéis grandes, frottis com dedos e tinta china, pintura a óleo sobre tela… até chegar a minha segunda exposição, na Galeria Opic, em 1964.
Mas não estava convencida. Pintei ainda mais abstracto, ainda mais misterioso e gostei. Coloquei os quadros na sala para que Miguel os visse no dia seguinte.
Grande erro!... Fui à sala e vi Miguel todo esquisito. Antes de lhe perguntar se tinha gostado, ele pediu-me calma, calma por favor... E o que vi foi traumático. Uma agressão contra mim própria. Todas as telas cortadas como se fossem de Fontana! O meu enteado, Micky, um rapaz de 16 anos. Quase enlouqueci, voltar para o Rio? Mandar Micky para outro país? Impossível era a adoração do pai. Solução: mar, praia, solidão...
Fui para Tecolutla. Pequena aldeia quase na praia.
Não sei o que me deu, mas andando a beira da água senti-me como em transe. Vi linhas e mais linhas em todas direções. Formavam quadrados, linhas perpendiculares, nunca eram paralelas. Agora acho engraçado... e até tenho que agradecer ao rapaz que me fez entrar no que iria ser minha linguagem! Fui ao “pueblito”, comprei um caderno e fiz linhas e mais linhas. Voltei ao México   queria pintar sobre uma tela cor de areia. Não tínhamos dinheiro para comprar a tela grande que eu precisava. Mas vi dois quadros pintados de acrílico vermelho. Fiz uma costura entre ambos e fiz linhas com uns pasteis que tinha dado à minha filha.
Nasceu o quadro chave! Chamei-o de “Ritmo Partido”.
...Miguel disse: “Agora sim gostei. Continua.” Continuei, sim mas sem ele.
Parece que tinha pressentido a morte dele pouco tempo depois... “Ritmo 1- Partida”...

1965 – 1966
Deixa ver… Acho que lá por 65 fiz uma pequena exposição das placas que tinham sobrado, em Dallas.  Não tenho certeza, acho que foi onde mataram ao Kennedy por aí… Não tenho vontade de procurar as minhas coisas. Estão numa confusão! Só sei que gostei porque me roubaram uma placa. Pagaram-me o prejuízo e aplaudo a pessoa que roubou: tinha bom gosto!
1967
Amizades com pintores, amizades que continuam até hoje. Manuel Felguerez, Lilia Carrillo, Ricardo Rocha, Adrian Mendieta, Nacho Lopez, Jorge Olvera… Não vou citar todos são muitos! Muita gente que logo me aceitaram, já não como a mulher de Miguel (que foi muito importante na história da arte no México), mas como pintora. E tem mais, quando em 65 fiz o quadro vermelho e mais telas com linhas, vieram a minha casa Pedro Coronel, Raul Herrera e todos me disseram: “Aonde vai com estas linhas!” O único que entendeu e gostou foi Felguerez.
Salão Independente 1968
Movimento artístico importantíssimo. Apoio aos movimentos estudantis contra o governo de Diaz Ordaz. Olimpíadas e mortes. Não sei se você sabe da matança da Praça das Três Culturas. Não, não sabe? Vou-te emprestar um livro que vai deixar você cheia de arrepios. É algo que tem de se saber. Vi homens chorar, soube de muitas mulheres grávidas atravessadas por baionetas de soldados enlouquecidos, soldados, quem sabe, drogados... Soube de terríveis coisas feitas aos estudantes presos! Impossível esquecer... Ao mesmo tempo Diaz Ordaz promoveu uma exposição, convidou todos os artistas a participar na Exposição Solar (será exactamente este o nome? Já não sei). Então nós, “os bons”, política e artisticamente, formámos este Salon de Los Independientes. Uma verdadeira revolução! Formidável, fantástico, uma coisa com repercussão nacional  e  mundial. Anos depois se viu o quanto  éramos realmente os melhores. Durou três anos!
1970 - Pintura Mexicana, Casa de las Americas, L'Avana, Cuba.
E sabe que só devolveram um quadro à maior parte dos que participámos? Cada um tinha mandado dois! Anos mais tarde, muito mais tarde também em Cuba ficaram com uns 20 desenhos meus, acho que dos melhores. Nunca ninguém soube como, aonde, quem...

1971 - Centro di Arte Moderna, Guadalajara.
Todos nós, do Salon Independiente,  fomos convidados a pintar um mural, ou melhor dito um quadro grande, seria um acontecimento efémero! Tenho vertigem a um metro do chão e ali era muuuuuuuuuuito mais alto. Eu somente pude pintar com um companheiro perto de mim.
1972
Por razões tristes, fui ao Brasil e fiquei um ano... Meu pai necessitava de mim, minha mãe tinha falecido...
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Mère?Père?
Etes-vous encore là
Sous cette terre
Meurtrie par toutes ces guerres
Attendez
J’arrive
Vais vous sauver  vous caresser de mots vous murmurer
-Murmure-t-on aux morts?-
 Ou crier pour qu’ils vous entendent…
M’entendez-vous?
Vous  avez pris racines
Vos racines s’étendent
Vous avez su nous  sauver
Nous nos semEnces et racines
Vous avez déjà pleins d’arrière petits enfants
La terre qui vous couvre
Vous l’avez rendue fertile
Merci.
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Mas continuei pintando e combinei com Franco Terranova uma grande exposição para 73. Chegou 1973, ano fatal para Chile. Para o grande homem Salvador Allende. Soube que o tinham "suicidado ". Lágrimas de raiva de tristeza por este homem que tive a honra de conhecer na casa de uns amigos, conversando em frente de um cafezinho... Agora resta recordar.
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déchirants cris
Sauvages
Nous atteignent
Nous  heurtent  telle  une hémorragie
Portes fermées
Aux seules  vraies fois
Liberté paix justice
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Nemesio Antunes e Mário Pedrosa deram um grito e uma chamada aos artistas do mundo inteiro para formar o Museu Salvador Allende! Foi incrível... Tantos, tantos e tantos de tantos países. Eu mandei um quadro representando o Brasil e outro, enorme, representando o México. Infelizmente depois do assassinato de Salvador, e com a vinda do desgraçado Pinochet, guardaram todas as obras durante uns 10 anos..., numa adega. Muitos quadros sofreram desta “prisão”... Um deles foi o meu, mas graças a um amigo que foi lá, descobriu-o e mandou-o restaurar. Agora está lá exposto.
1973 - A minha exposição na Petite Galerie foi um sucesso!
Voltei ao México muito contente.
1974 - Fernando Vilchis convidou-me para dar aulas de pintura na Faculdade de Artes Plasticas, Xalapa, Veracruz. Dúvidas... Não acredito em ensinar a pintura...
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L’air est plein de paroles
Lancées au vent
Que faire?
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Fui visitar Fernando Gamboa, director do Museo de Arte Moderna no DF, para lhe pedir uma exposição antes de ir a Xalapa. Amigos e amigas disseram-me para não ir. Que ele tinha a sua "mafia" de artistas... Mas fui! Convidou-me para almoçar, obviamente, eu disse que não. Convidou-me, então, para jantar. Não: “Senhor Gamboa, eu só quero uma exposição! Não almoço nem janto... Eu pinto!” Riu e disse que o chamasse antes de ir para Xalapa. Fiz, e tive@!!!
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surprise mais  pleine de joie
Un peu abasourdie…
émotion sensation
malgrè tout
Contente
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Antes de partir para Xalapa, ainda pude fazer uma exposição na Casa del Lago, UNAM. Conheci Oscar Urrutia, uma pessoa formidável!
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capturar amizades
maravilhoso troféu
encher com ele
minha vida
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1975 - A exposição no museu de Arte Moderna Mexi df. Amigos, amigas, e ah :) grande publico!
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Appelles-les comme tu voudras
Etincelles
Ou feux de joie
silencieux
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. ..e desde então meu pai chamou-me "extravagante " e deixou de lado os seus preconceitos e suas ideias sobre mim..
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Mas eu seguia as minhas ideias. Continuei pintando. Exposições por quase todo o México, por outros países, por outras cidades. Galerias, não quis mais. Todos uns ladrões. Somente Casas de Cultura, Museus ou Universidades. E assim de repente:
Mais  pourquoi
Toujours
remplie d’un sourd  présage  -
Sorte de clandestinité aucune stabilité temps précaire
Betises qu’elle se dit…
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Ahhhhhh… Deslumbra-me a tristeza. Encontro-me de repente com a realidade. O meu “sourd presage”. Chegamos a 87. A minha família iria embora depois da minha retrospectiva no Museu de Arte Moderna, no México DF.
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a vida
gelou
uma lágrima
se derreteu
docemente
e em silêncio
escorregou
se escondeu
no coração





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